domingo, 14 de fevereiro de 2010

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) tem a Acessibilidade como meta para 2010.

O tema da EAD - Educação à Distância - e de suas especificidades para inclusão de portadores de necessidades especiais será debatido em forma de audiência pública na Comissão de Educação do Congresso. O encontro está marcado para março e educadores, sindicalistas, empresários e pessoas interessadas no assunto podem participar. Estudantes portadores de necessidades especiais irão falar sobre a experiência de fazer parte de um projeto educacional pioneiro voltado para atender às pessoas com deficiência.

Embora a EAD tenha características que viabilizem o estudo de pessoas portadoras de deficiência, dados do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação a Distância mostram que mesmo com o crescimento de 200% nessa modalidade de ensino nos últimos quatro anos, evidenciou-se que o sistema ainda não atende aos mais de 24,5 milhões de brasileiros portadores de algum tipo de deficiência, o que representa 14% da população. Segundo o censo da Educação Superior de 2007, dos 300 mil alunos da graduação a distância, apenas 137 são portadores de necessidades especiais.
O professor Flávio Iassuo Takakura, coordenador-geral do NEAD, avalia que a baixa participação desses alunos, mesmo com a facilidade do acesso às aulas e com a ausência de locomoção contínua, está ligada à falta de preparo das instituições para receber os estudantes especiais. “Essas pessoas sofrem muitas discriminações e não recebem um tratamento diferenciado que possa dar conta de suas necessidades especiais”. Segundo o coordenador, o NEAD está pesquisando tecnologias (softwares) que possibilitem a transformação de textos em materiais de áudio para atender aos deficientes visuais – o mesmo também será feito para aqueles que têm dificuldades auditivas. “Está dentro do planejamento do NEAD para 2010 implantar mecanismos que possibilitem a participação de pessoas com necessidades especiais nos cursos de EAD da UFJF. A coordenação de acessibilidade da UFJF tem a intenção de elaborar um projeto de acessibilidade nos polos da UAB onde a UFJF oferece cursos. Agora, já no início do ano, estamos iniciando um processo de inclusão de legendas em todos os nossos vídeos”, completou Takakura.
O Sudeste representa a região onde essa inserção de estudantes especiais é maior no Brasil. Em seguida, aparecem as regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste. No Norte, de acordo com o censo 2007, não há nenhum aluno portador de deficiência em cursos superiores a distância.

Fonte: Assessoria de Comunicação NEAD/UFJF

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